Caligrafia: 5 dicas de como ajudar a criança a melhorar a sua

A habilidade de escrever à mão é essencial e precisa ser desenvolvida ainda na infância, pois é uma capacidade motora que também ativa funções cerebrais necessárias para a aprendizagem. Nesse sentido, a caligrafia exerce o importante papel de tornar a escrita funcional.

A clareza ao redigir é o que permitirá que a criança se aproprie da escrita como forma de comunicação. Esse exercício desenvolve também a concentração, a leitura e o aprimoramento da linguagem. Em um cenário de uso intenso da tecnologia, é necessário que essa habilidade manual seja incentivada pela escola para que se torne fluida e natural.

Quer saber como o professor pode ajudar as crianças a melhorarem a caligrafia? Confira 5 dicas para desenvolver essa habilidade!

1. Ensine a criança a segurar o lápis ou a caneta de maneira confortável

A primeira dificuldade que as crianças costumam ter ao iniciarem a prática na escrita é com a forma de segurar o lápis. A pegada pode estar em um ponto do objeto que acaba dificultando os traços e a criança pode ainda não ter noção da força que deve ser feita.

A dica é ajudar os alunos individualmente a encontrarem a maneira mais confortável de segurar o lápis, além de ensinar a segurar em pinça, que é a maneira mais tradicional de pegada para escrever.

Os primeiros traços para testar essa habilidade não precisam ser necessariamente letras. Você pode pedir para que sejam feitos pequenos riscos, círculos ou qualquer outra forma simples. Mostre também o apoio do braço e oriente a criança a apoiar o papel com a mão que não estiver sendo usada.

Ao serem alfabetizadas, é comum que as crianças já estejam familiarizadas com os materiais por conta dos desenhos e das atividades de colorir. No entanto, a escrita demanda uma habilidade mais exata, por isso é importante ajudá-las na adaptação. Quando toda a turma estiver segura com a maneira de empunhar o lápis, é possível seguir para as formas das letras.

2. Valorize os momentos de prática

A melhor forma de aprimorar a escrita é pela prática. Com o intenso uso da tecnologia, muitas vezes a escola é o único local em que a escrita à mão é realizada. Por isso, ter momentos para exercitar essa habilidade com os estudantes é essencial. É importante que os treinos sejam feitos com calma e no ritmo das crianças.

Além da escrita em si, existem outras atividades que podem ajudar a trazer familiaridade ao formato das letras e que também colaboram com a caligrafia. Você pode usar técnicas de arte na educação infantil, por exemplo.

Uma dica é pedir para que as crianças façam as letras usando massinha de modelar. As cores também podem ser exploradas para diferenciar vogais e consoantes. A massinha é ótima para a coordenação motora e proporciona uma experiência divertida de “escrever”. Também podem ser usados outros materiais, como linhas, botões, tampinhas de garrafa etc.

3. Seja criativo na hora de criar as atividades

A ludicidade é uma grande aliada na aprendizagem, pois ela torna tudo mais divertido e estimulante. Por isso, usar atividades criativas e que explorem a fantasia é uma boa maneira de incentivar a caligrafia das crianças. Com isso, a escrita deixa de ser uma prática mecânica e se torna um motivador para a comunicação.

Você pode, por exemplo, usar a letra de alguma música que a turma goste, uma história ou até mesmo falas de filmes. Trazer personagens para se comunicarem com os alunos também é uma maneira de encorajá-los a escreverem. Outra ideia é pedir para que redijam cartas e reforçar a importância do capricho para a compreensão do interlocutor.

Como destacamos, com a tecnologia, as crianças perdem um pouco da prática da escrita. Por esse motivo, é interessante que o educador passe algumas tarefas para casa que incentivem o exercício e sejam divertidas. Elas também podem envolver a família, o que é ótimo para trazer maior autoconfiança.

4. Tenha bastante paciência

A paciência faz parte da rotina de professores, especialmente na educação infantil. No caso da caligrafia, ela é ainda mais importante, pois envolve a autoestima e a autoconfiança da criança. Por isso, transmitir tranquilidade nesse momento é essencial.

É interessante que o educador ajude a turma a lidar com as frustrações e seja empático com as dificuldades. É comum que as orientações precisem ser repetidas muitas vezes e é necessário manter o carinho e o acolhimento em todas elas. As crianças precisam sentir segurança para que as suas habilidades se desenvolvam naturalmente.

O tradicional caderno de caligrafia é um recurso benéfico, mas, sozinho, não resolve todos os problemas. Assim, um conjunto de ações que desenvolva a capacidade da criança desde os seus primeiros anos de vida é imprescindível para que a escrita flua com maior tranquilidade.

5. Escolha os materiais adequados

Ter os materiais adequados para a escrita também influencia na caligrafia. Durante a alfabetização, existem lápis e canetas específicos que se adaptam melhor às pequenas mãos, trazendo maior firmeza e maciez. Principalmente, é importante que os materiais proporcionem conforto no momento da escrita.

Para isso, o papel precisa ser resistente e não se rasgar com facilidade. A ponta do lápis deve ser mantida em tamanho médio para evitar que se quebre com frequência. O ideal é não deixá-la tão pequena, o que pode fazer com que a criança precise empenhar muita força para desenhar os traços.

Caso a opção seja por usar a caneta, ainda que não seja a mais comum para esse exercício, é bom verificar se ela tem tinta suficiente para não apresentar falhas. Também é bom observar se não há vazamento de tinta, para evitar borrar o papel. Para evitar esse tipo de problema, o ideal é contar com material escolar de boa qualidade e que esteja adequado a cada fase do desenvolvimento.

A caligrafia é muito importante para o bom desenvolvimento das crianças e se mostra como o momento de se apropriar da comunicação escrita. Assim, esse é um recurso que merece atenção especial, pois tem um grande impacto em todo o seu desenvolvimento escolar e social.

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As informações contidas neste material se fundamentam em estudos psicológicos da criança e servem de base para ajudar com o seu desenvolvimento e educação. Os resultados de tais métodos podem variar de acordo com cada criança, pois dependerá de aspectos individuais e sociais.

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