Futuro da educação: o que esperar e como se preparar para as mudanças?

futuro da educação

A transformação digital é um processo que ocorre desde meados dos anos 2000. Ela vem trazendo cada vez mais tecnologia e inovação aos espaços, impactando diretamente o futuro da educação e de outras áreas. Portanto, é interessante que os professores que desejam levar as melhores experiências aos alunos fiquem atentos às alterações causadas por ela.

Aos olhos de quem está de fora, não é difícil notar que muitas mudanças aconteceram na sala de aula. O espaço, que antigamente era tomado apenas por carteiras, lousas e livros, hoje pode contar com muito mais modernidade. Em algumas escolas, os alunos já se conectam aos professores por meio de dispositivos portáteis próprios — como seus smartphones.

No caso das crianças, que crescem convivendo com a implementação da tecnologia no dia a dia, pode ser mais simples se acostumar. Mas e para os professores? Acompanhe a leitura e confira dicas que ajudam a se preparar para as novidades!

O que esperar do futuro da educação?

Uma das principais palavras-chave do século XXI é inovação. Mas o que isso significa? Em linhas gerais, inovar quer dizer desenvolver novas ideias e formas de fazer. Hoje, diversos especialistas precisam disso todos os dias em diferentes áreas.

Para que os comércios, por exemplo, mantenham seus clientes engajados, é essencial agilizar os processos, encontrar novas formas de encantar os consumidores, mapear jornadas de compra e expandir o uso da tecnologia de maneira constante.

Esse panorama não é muito diferente no que diz respeito à educação. Para conquistar o interesse dos alunos, os profissionais buscam, há muitos anos, por novidades em suas abordagens de ensino e formas de manter o aprendizado fluido, divertido e eficiente. Além disso, os métodos escolhidos precisam ser sempre renovados.

Assim, o caminho pode ser até mais desafiador para os que trabalham ensinando do que em outras áreas. Afinal, se já era difícil manter a atenção de dezenas de alunos de uma só vez anos atrás, quando o acesso à tecnologia era menor, é certo que o cenário atual não ajuda. Com tantas distrações em mãos, as crianças tendem a perder o foco com facilidade.

É possível perceber que algumas tecnologias, de fato, podem ter uma influencia negativa. Porém, por outro lado, elas também são capazes de fazer uma diferença positiva na rotina dos professores. Afinal, lhes permitem acessar informações, ideias e inspirações com facilidade, para encontrar diferentes mecanismos que conquistem a escuta ativa das crianças.

Pensando nisso — e em diversos outros pontos que serão explorados ao longo do conteúdo —, é viável dizer que o futuro da educação é digital. Isto é, tende a ser cada vez mais conectado, inovador e tecnológico. Portanto, é fundamental se preparar para levar as facilidades online à sala de aula.

Como o professor pode se preparar para ministrar conforme o futuro da educação?

Ao pensar sobre os pontos citados, é esperado que alguns professores imaginem que basta usar determinadas tecnologias para inovar na metodologia escolhida. Porém, não é tão simples assim.

É importante incluir alguns comportamentos e apurar o olhar em relação às necessidades do grupo em aprendizado. Isso pede tanto por adequação às tendências tecnológicas da atualidade quanto por mudanças de atitude na hora de lidar com as crianças.

Empatia

Na intenção de manter os alunos interessados no que está sendo discutido, é preciso exercer a empatia, buscando se colocar no lugar deles. Sendo assim, pode ser legal buscar entender o que constitui a sua realidade.

Por exemplo, hoje, o acesso a dispositivos móveis é cada vez mais prematuro. Em 2019, uma pesquisa realizada pela Panorama Mobile Time/Opinion Box informou que 30% das crianças entre 4 e 6 anos já tinham um smartphone próprio. Em 2020, um estudo feito pela Kaspersky revelou que o número de crianças de até 10 anos com celular subiu para 72%.

Ou seja, os estudantes já crescem com hábitos bastante diferentes daqueles que seus professores tinham nas suas épocas de escola.

Desde muito cedo, eles são estimulados a buscar por agilidade, criar laços afetivos a distância, pesquisar sobre qualquer assunto em segundos e compartilhar tudo o que fazem, por exemplo. Em consequência, levam esses comportamentos até a sala de aula; local em que isso tudo nem sempre é tão bem-visto.

Sendo assim, além de tentar acompanhar as tendências de comportamento dos alunos, é recomendado que os professores busquem estabelecer limites sobre o uso de dispositivos pessoais durante a aula, independentemente do formato. Desse modo, incentivarão os alunos a se engajarem somente com as tecnologias trazidas com intuito educativo.

Análise do período de pandemia

O cenário trazido pelo Covid-19 terá, sem dúvidas, um profundo impacto no futuro da educação. Em 2020, a grande maioria das escolas passou a operar no formato de Educação a Distância (EAD).

Nesse período, os pontos apresentados acima ficaram ainda mais evidentes. Além dos desafios naturais causados pela situação, a urgência da medida não facilitou a adaptação de crianças e professores.

Em pouco tempo, todos precisaram reinventar a forma de trocar informações e conhecimento. Além disso, diariamente, é necessário encontrar maneiras de lidar com a ansiedade. Sem dúvidas, quem trabalha com educação sabe que esse sentimento tende a dificultar bastante o processo de aprendizagem.

Por fim, a EAD fez com que o ensino se convertesse 100% para o formato digital por alguns períodos. Desse modo, todos os envolvidos no processo precisaram encontrar novos meios de interagir, o que exige dedicação bilateral — isto é, tanto dos estudantes quanto dos educadores.

Para superar os obstáculos impostos pela pandemia, o professor precisa buscar métodos que, na medida do possível, tornem a nova forma de aprender dinâmica e interessante. Isso pode incluir busca pela participação constante dos alunos durante as atividades, evitando que se distraiam com outras tarefas em casa ou com abas secundárias abertas no computador.

Diálogo

Se abrir a comunicação com as crianças já era fundamental no passado, o panorama atual torna essa tarefa ainda mais importante. Afinal, é um período de adaptação. Por ser tomado pela transformação digital, é comum que os professores percebam que o comportamento e as demandas dos alunos mudam com muita velocidade.

Sendo assim, conversar abertamente sobre os desejos e expectativas de todos os envolvidos na aprendizagem é algo muito bem-vindo para o futuro da educação. Caso a idade dos estudantes seja menor, é interessante buscar uma comunicação aberta com os pais ou tutores, que darão informações ainda mais precisas sobre as crianças ao educador.

Sem dúvidas, a melhor forma de se alinhar às demandas do futuro da educação é evoluir junto aos alunos, entendendo o que desejam de verdade. Tendo em vista a importância de impulsionar o diálogo como ferramenta para as novas gerações, nada melhor do que estimular o debate e buscar os consensos.

Sustentabilidade

Esse é outro ponto revolucionário no formato de ensino. Há muitos anos, as temáticas relacionadas ao meio ambiente têm permeado diferentes disciplinas ministradas em sala de aula. No entanto, foi só recentemente que os profissionais passaram a entender que esse termo é bem mais abrangente. Afinal, não trata apenas da preservação do ecossistema.

De modo geral, sustentabilidade diz respeito a toda e qualquer prática que atenda aos interesses atuais sem esgotar recursos para que a mesma coisa seja feita no futuro. Dessa maneira, é possível falar em múltiplas categorias de sustentabilidade, como a social, a econômica, a corporativa e, é claro, a sustentabilidade na educação infantil.

Ela trata do ensinamento às crianças de que é possível conquistar objetivos sem impactar negativamente o mundo ao redor. Isso inclui não só evitar o desperdício de recursos naturais, como também:

  • viver o momento presente;
  • cuidar da saúde mental;
  • envolver-se em atividades próximas à natureza;
  • compreender o ciclo dos alimentos;
  • conhecer a destinação dos dejetos criados pelos humanos, entre outros fatores.

Ao incluir a sustentabilidade como pilar educativo, os professores podem não só ajudar a estimular a preservação do meio ambiente, mas também influenciar os alunos a fazerem escolhas conscientes. Isto é, que respeitem seus próprios limites sem afetar o entorno. Em consequência, criam adultos mais preparados para enfrentar os desafios futuros.

Tecnologia

Conforme dito, é impossível caminhar com as aulas sem lidar com a tecnologia. Porém, nessa hora, não é interessante pensar apenas em projetores, vídeos e transmissões online. Os professores podem contar com uma série de recursos, como:

  • ferramentas de análise de comportamento;
  • dispositivos que incentivam a interatividade, como salas de comunicação com efeitos e plugins que prendem a atenção;
  • automação de processos, que facilitam tarefas manuais, como o registro de presença e notas;
  • uso de plataformas de ensino, que colocam o aluno como protagonista da aprendizagem;
  • big data, que ajuda o educador a identificar padrões de comportamento, o que facilita o modo de educar, entre outros.

Adotar essas e demais inovações no ensino pode fazer a diferença. Elas ajudarão a tirar proveito do uso constante da internet pelos alunos, além de usá-la como ponte para o aprendizado.

Qual é a relação da transformação da educação com a pandemia?

Ainda que a pandemia tenha acelerado o processo de transformação da educação, ele era inevitável. O formato tradicional, de ensino em grupos, já estava sofrendo, há algum tempo, os impactos de gerações cada vez mais conectadas.

Com isso, era esperado que as instituições de ensino implementassem tecnologias na rotina de estudo. No entanto, o plano era fazer isso por etapas — isto é, após analisar as respostas dos alunos a determinados estímulos. O estilo de educação adotado atualmente não permitiu isso.

De um momento para outro, foi preciso reinventar o modo de ensinar e aprender, e, por mais desafiador que tenha sido, ambos os lados perceberam que era possível evoluir nesse sentido. Atualmente, a grande discussão em pauta sobre a educação infantil na pandemia é a aplicação do ensino híbrido. Ou seja, aquele que reúne os modelos tradicionais e digitais.

Com a fusão, a chance é de que os alunos tenham mais autonomia. Afinal, não estarão constantemente expostos aos modelos hierárquicos praticados em sala de aula. Claro, eles têm suas vantagens, como estimular a abertura de um espaço de escuta e o convívio mais próximo com os colegas.

Porém, há tempos, os profissionais da educação estavam percebendo a necessidade de respeitar os limites dos estudantes. Então, embora os desafios trazidos pela pandemia ainda sejam sentidos por todos os envolvidos na EAD, as perspectivas para o futuro da educação são positivas, por solidificarem mudanças que já estavam previstas para a interação entre alunos e professores.

Como a educação tem moldado as crianças do futuro?

A educação move o mundo. O aprendizado adequado estimula a boa função cerebral, aumenta a resiliência, ajuda os alunos a viverem melhor em sociedade e dá ferramentas básicas para o bom convívio cognitivo do adulto com outras pessoas. Porém, ainda assim, é possível enxergar alguns desafios no modelo tradicional de educação.

Durante anos, as formas lineares de avaliar a capacidade de um aluno — sem respeitar suas particularidades — foram alvo de crítica por especialistas. E pode não parecer, mas o mero advento da internet trouxe grandes mudanças nesse sentido.

Pense: anos atrás, era difícil obter uma solução bancária personalizada para suas necessidades, certo? Apenas se conseguia encontrar instituições financeiras que ofertavam diferentes pacotes de serviços e escolher aquele que melhor se adequasse ao buscado. Hoje, por outro lado, as empresas evoluem cada vez mais para entregar serviços customizados às necessidades de cada cliente. Esta é a tendência: personalização.

A mesma coisa pode ser dita em relação ao futuro da educação. A cada novo ciclo de aprendizado por parte dos profissionais da área, fica simples perceber que não é possível tratar dezenas de crianças diferentes por meio de uma única visão.

Desse modo, torna-se claro que o profissional educador da atualidade cumpre um papel importante no processo de aprendizagem. Ele é responsável, a partir dos métodos de ensino adequados, por implementar a diversidade e a inclusão nos espaços. Isso, por si só, já deixa explícita a necessidade de reconhecer as diferenças entre os alunos — e celebrá-las!

Portanto, o futuro da educação é mais que digital, tecnológico, inovador e híbrido: ele também é integrativo e inclusivo.

Quais são as mudanças no comportamento das crianças atualmente?

Você já ouviu falar da sigla VUCA? Ela é usada pelos norte-americanos, no contexto globalizado, para retratar o mundo vivido hoje. A sigla está em inglês e significa volatility, uncertainty, complexity e ambiguity. Ou volatilidade, incerteza, complexidade e ambiguidade, em português.

Ao olhar a própria rotina dos professores, já se torna simples identificar esses atributos. Imagine, então, como é lidar com eles desde o nascimento ou a infância. É com base nessas características que os estudantes da atualidade são criados. E isso não é uma culpa que pode ser atribuída a alguém.

Na verdade, é uma tendência inescapável. Inclusive, segundo dados do Fórum Econômico Mundial, mais de 65% das crianças atuarão em profissões que ainda não foram criadas. Dá para imaginar?

É fato que o futuro dos alunos de hoje é imprevisível. Porém, com as mudanças com as quais precisam lidar todos os dias, é comum perceber que elas lidam com sentimentos de ansiedade e incerteza.

Em relação ao passado — e especialmente com a quarentena e o isolamento social —, as crianças têm se tornado cada vez mais retraídas. Boa parte desse comportamento também pode estar ligado ao acesso a pressões do mundo online, como a indução a padrões de comportamento.

Então, é interessante que o professor esteja atento ao comportamento dos alunos — em especial, ao seguir uma das dicas dadas na hora de se adaptar ao futuro da educação: abrir a comunicação com os estudantes, estimulando-os rumo à honestidade e à transparência.

Como os professores podem adaptar suas rotinas às mudanças?

Os primeiros passos para entender o futuro da educação certamente envolvem a observação da experiência das crianças. Porém, é impossível alienar o professor desse cenário. Afinal, ele está tão incluso no panorama apresentado quanto o aluno, sendo importante se preparar também. Assim, conseguirá atender às demandas com maior facilidade. Confira algumas sugestões nessa hora!

Estudar comportamentos geracionais

A forma mais simples de praticar a empatia, entender quais são as expectativas dos alunos conectados e minimizar sentimentos de insegurança de uma só vez é entender os padrões de comportamento das novas gerações. Felizmente, é simples encontrar informações dessa natureza na internet ou por meio de livros de especialistas.

Automatizar processos

Ganhar tempo é importante para qualquer professor, pois permite que as aulas sejam planejadas com dinamismo, que seja possível oferecer mais sugestões de atividades aos alunos e corrigi-las com tranquilidade, entre outros fatores.

Um jeito fácil de conquistar tempo é por meio da automatização de processos. Já existem diversos softwares voltados ao futuro da educação. Eles integram as tarefas do professor, como:

  • contato com pais e responsáveis;
  • organização de horários de aula;
  • elaboração de gráficos de aprendizagem e comportamento;
  • contagem do tempo de dedicação online.

Organizar uma rotina saudável

Muitos professores tendem a acreditar que sua disponibilidade deve ser total ao longo do período de interação a distância. Assim, pensam que precisam atender aos pais a qualquer momento, bem como às dúvidas dos alunos. Ainda que seja importante se mostrar disponível, também é relevante respeitar os próprios limites.

Desse modo, se possível, esclareça os horários de trabalho a todos os envolvidos e coloque-se à disposição para solucionar qualquer dúvida apenas durante esse período. Nessa hora, a dica da automação pode ajudar, por meio do disparo de mensagens cordiais e informativas aos tutores que contatarem você após o expediente, informando-os que responderá em breve.

Cuidar da saúde mental

Lembre-se: cuidar de alunos, em especial as crianças, exige a manutenção de uma boa saúde mental. Então, não esqueça de se cuidar. Encontre atividades de lazer que permitam o descanso do trabalho e tire alguns momentos para si.

Por mais tentador que seja participar ativamente do processo de aprendizagem EAD, é apenas ao estar plenamente saudável que será possível ofertar a melhor educação aos estudantes.

O que pode ser feito para apresentar os melhores resultados na sala de aula do futuro?

O futuro da educação é permeado por tendências. Três delas podem ser colocadas em prática hoje e ajudar a preparar o profissional para as mudanças. Acompanhe!

Conheça o conceito de gamificação

Desenvolver a lógica é um dos principais pilares de uma educação de qualidade. Além das matérias tradicionais, um conceito que veio do cenário corporativo pode fazer toda a diferença na aprendizagem: a gamificação. A palavra vem de game, que significa “jogo” em inglês.

De forma simples, essa é a prática de incluir a lógica dos jogos na vida dos alunos, de modo a estimulá-los a solucionar problemas com mais facilidade. Além disso, ela estimula a competição saudável, aumenta a autoestima e amplia as maneiras de guardar determinadas informações.

Adotar o formato esporadicamente, como durante uma aula de educação física EAD, pode fazer a diferença na resposta dos alunos, que se divertirão ao aprender.

Invista em multidisciplinaridade

Geografia, física, português e matemática são matérias essenciais. Porém, é interessante buscar aliá-las a outros temas importantes para o desenvolvimento das crianças da atualidade. Alguns exemplos incluem inteligência emocional, educação financeira básica, sustentabilidade, artes e filosofia.

Também é interessante aliar disciplinas, como incluir conceitos de arte na educação física ou história na matemática. Isso impedirá que o aluno as enxergue como matérias desconectadas, elegendo as preferidas em função de outras. O ideal é que ele entenda que há uma relação profunda e aplicável entre todas elas.

Aposte nos dados

Por fim, uma das melhores formas de saber se os caminhos estão de acordo com o esperado para o futuro da educação e monitorar os resultados: investir em dados. Eles trazem informações precisas sobre a evolução dos alunos, permitindo que seja possível melhorar a metodologia usada conforme as necessidades customizadas de cada um. Afinal, personalização é uma palavra-chave da atualidade.

Conforme percebido, o futuro da educação traz algumas incógnitas — em especial com a pandemia. No entanto, já é possível prever tendências, como estilos híbridos de ensino, tecnologias na rotina, inclusão e sustentabilidade nas ações. Para atender a cada uma delas, é preciso se preparar. Conte com as dicas deste conteúdo e dê os primeiros passos!

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As informações contidas neste material se fundamentam em estudos psicológicos da criança e servem de base para ajudar com o seu desenvolvimento e educação. Os resultados de tais métodos podem variar de acordo com cada criança, pois dependerão de aspectos individuais e sociais.

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