O que é ansiedade de separação? Saiba como auxiliar as crianças

ansiedade de separação

Se em algum momento você teve que sair e a criança ficou chorando, ou se você simplesmente mudou de ambiente em casa e isso causou desespero nela, pode ser um caso de ansiedade de separação. Essa situação também é conhecida como angústia da separação, envolvendo o emocional dos pequenos e, muitas vezes, atinge o dos pais.

A ansiedade de separação pode acontecer durante diferentes fases da infância. Se você desconfia que o seu filho está passando por esse momento, vamos ajudar a esclarecer um pouco mais sobre o que é e quais são as características da ansiedade de separação, com que idade ela surge e como ajudar a criança a lidar com essa angústia.

O que é a ansiedade de separação?

A ansiedade de separação é uma fase importante do desenvolvimento infantil. Ela é marcada pelo choro ou desespero da criança quando a mãe, o pai ou o cuidador principal sai do seu campo de visão, mesmo que por alguns minutos.

Algumas teorias afirmam que os bebês tendem a reagir dessa forma por instinto. Eles se sentem protegidos com seus pais e, quando eles o perdem de vista, entendem que estão em perigo. Além dessa teoria, outra que também ajuda a explicar a angústia da separação é a falta de percepção de espaço e tempo que os bebês têm.

Para eles só existe o “aqui e agora”. Se os pais somem da frente deles nesse momento, eles não entendem que daqui a alguns minutos ou horas eles vão voltar. Para os bebês, os pais vão “sumir para sempre”. Esse medo de perder aquelas pessoas que os bebês mais amam resultam em um choro desesperado, cheio de sentimento de tristeza.

Quais são as características da ansiedade de separação?

Se você desconfia que o seu filho está passando pela ansiedade de separação, mas não tem certeza, algumas características comuns indicam que essa situação está acontecendo com o seu pequeno, como:

  • choro quando os pais ou um cuidador que o bebê é apegado sai do seu campo de visão;
  • resistência em ir para a escola ou algum lugar que a criança saiba que seus pais não estarão;
  • dificuldade de dormir e pesadelos recorrentes com a separação dos pais;
  • em alguns casos, há o aparecimento de sintomas físicos (dor de cabeça, vômito, etc.).

Com que idade ela surge?

A ansiedade de separação pode surgir a partir de 4 meses, mas em maior parte dos casos, ela tende a aparecer por volta dos 7 aos 9 meses. Essa diferença depende muito do desenvolvimento individual de cada bebê.

Depois que a criança apresenta os primeiros sintomas da ansiedade de separação, estes podem perdurar, em diferentes níveis, até os 3 anos de idade.

Caso a ansiedade de separação passe dessa faixa etária, é preciso atenção dos pais, pois ela pode se tornar um transtorno da ansiedade de separação. Esse segundo diagnóstico é um quadro evoluído do primeiro.

Ele costuma se manifestar com sintomas mais intensos. Ou seja, a criança chora por um longo período quando fica longe dos pais e tem dificuldade de entender ou aceitar que eles vão retornar. O transtorno pode afetar a aprendizagem e o sono, por isso é preciso atenção.

Como ajudar a criança a lidar com a ansiedade de separação?

Embora a ansiedade de separação seja uma fase esperada e natural do desenvolvimento dos pequenos, há algumas ações que a família pode colocar em prática para que essa fase seja menos dolorida possível. Veremos a seguir algumas dicas.

Não saia sem a criança perceber

A primeira delas é não “sair de fininho”. Com o intuito de não deixar as crianças chorando, os pais, na maioria das vezes, costumam sair sem que os filhos percebam. Mas essa ação pode ter um resultado oposto, principalmente para os bebês até o primeiro ano de vida.

Os bebês entre 7 meses e 1 ano já sabem que não são a mesma pessoa que a mãe. Eles compreendem que são eles mesmos, mas não entendem que as coisas aparecem e desaparecem, que os pais podem ir e voltar.

Por esse motivo, o indicado é criar um ritual de despedida e repetir ela todos os dias. Dessa forma, os bebês começam a entender que os pais vão voltar, e as crianças mais velhas se confortam com a rotina.

Utilize objetos de transição

Outra boa estratégia indicada pela Sociedade Brasileira de Pediatria é o uso de objetos de transição. Essa ação pode ser usada na hora de dormir ou quando os pequenos ficam longe dos pais na escola ou em algum local.

O uso do objeto de transição tem como objetivo confortar a criança com algo que ela conhece e é apegada. Esse objeto pode ser um bichinho de pelúcia, um paninho, um brinquedo ou qualquer coisa que tenha significado para a criança e traga conforto.

Não deixe o bebê ou a criança chorando

O choro dos pequenos durante a separação momentânea dos pais tem como objetivo manifestar o medo do abandono. É muito importante que os pais confortem esse choro e transmitam segurança, antes de se ausentarem.

Brinque de esconder e achar

A brincadeira de esconder e achar é uma ótima forma de os bebês começarem a entender que as coisas e as pessoas “aparecem e desaparecem”. Além de desenvolver essa percepção, eles também adoram essa brincadeira e se divertem muito.

Se você precisa ir rápido a outro cômodo, por exemplo, caminhe falando “cadê a mamãe” e, em seguida, apareça dizendo “achou”.

A ansiedade de separação é uma fase comum e esperada para todos os bebês. Mas quando ela é persistente além da idade esperada ou apresenta sinais mais intensos, é necessário um olhar especial da família. Nesses casos, é indicado buscar ajuda para tranquilizar a criança e diminuir esse sentimento até que ele desapareça.

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As informações contidas neste material se fundamentam em estudos psicológicos da criança e servem de base para ajudar com o seu desenvolvimento e educação. Os resultados de tais métodos podem variar de acordo com cada criança, pois dependerão de aspectos individuais e sociais.

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