O momento de aprender a escrever é um dos grandes marcos do desenvolvimento de uma criança. Trata-se do início de uma nova fase do aprendizado, que apresenta mais uma forma de se comunicar e estimula o pensamento, a organização e a coordenação motora — fatores importantes não só para a escrita, mas também para outras atividades.
Educadores têm um papel fundamental nisso, uma vez que são responsáveis por guiar os pequenos ao longo do processo de aprendizagem. Por isso, é importante que se mantenham atualizados sobre os desafios que as crianças podem enfrentar e especialmente sobre o que fazer para ajudá-las a superar os obstáculos.
Para te ajudar nessa missão, preparamos este post com informações imperdíveis sobre o assunto. Então, continue a leitura e não perca nenhum detalhe!
Como aprender a escrever pode ser desafiador para as crianças?
Quem já passou por todo o processo de aprendizagem da escrita muitas vezes não se lembra do quanto essa atividade é desafiadora. A certa altura, as palavras saem tão naturalmente que a pessoa já não se dá conta de tudo o que o ato de escrever exige.
Para crianças que ainda estão começando a ter contato com isso, por outro lado, o ponto de vista é bem diferente. Um dos principais desafios dessa fase é o domínio da coordenação motora fina, que é indispensável para fazer os movimentos que formam as letras no papel.
Outra grande dificuldade encontrada pelos pequenos é a necessidade de se concentrar. Crianças são naturalmente curiosas e se distraem com facilidade, de modo que mantê-las focadas na escrita não é muito fácil, principalmente quando elas têm acesso a dispositivos eletrônicos.
Além disso, para aprender a escrever é preciso ter um raciocínio lógico que as crianças ainda estão desenvolvendo. Assim, é importante adotar estratégias para estimular esse desenvolvimento e, consequentemente, possibilitar o aprendizado.
Qual é o papel dos educadores em meio aos desafios do aprendizado da escrita?
Diante de todos esses desafios, cabe aos educadores encontrar os meios para que as crianças possam superá-los. Nesse sentido, vale a pena ressaltar que elas podem ter níveis diferentes de dificuldade e, nesse caso, vão necessitar de atenção distinta ao longo do processo.
De modo geral, o ideal é propor atividades que ajudem o processo de aprendizagem a acontecer de forma mais leve, sem impor uma rotina extenuante aos pequenos aprendizes. Uma criança de 4 anos, por exemplo, não tem condições de seguir a mesma rotina de uma que tem o dobro da idade.
Saber respeitar esses limites e o tempo de cada criança faz toda a diferença no resultado final. Para aprender a escrever, é imprescindível passar por várias etapas que agregam os conhecimentos e habilidades necessários para começar a executar essa atividade.
É fundamental que a criança aprenda, primeiro, a traçar linhas retas e curvas, para só depois passar para as letras, sílabas e palavras, e posteriormente se preocupar em melhorar a caligrafia. Os educadores são os guias que apontam o caminho e reconhecem quando há a necessidade de passar mais tempo em uma ou outra etapa.
Por que usar a arte para ensinar as crianças a escrever?
A arte tem muito a contribuir com a educação infantil como um todo. Apresentar obras de arte para crianças desde cedo desenvolve o pensamento crítico, já que é preciso refletir sobre o que o artista quis representar. Com o estímulo certo, os pequenos podem observar cada detalhe e interpretá-lo à sua maneira.
Desse modo, a arte aguça os sentidos, trazendo à tona sentimentos que ajudam a trabalhar a inteligência emocional tão importante para lidar com os desafios. O contato com diversas formas de expressão artística também reforça a criatividade, o que é mais um benefício para o desempenho escolar da criança, inclusive no aprendizado da escrita.
Além disso, a arte pode ser uma grande aliada no desenvolvimento cognitivo dos pequenos. Afinal, antes mesmo de começar a aprender a escrever, as crianças já usam lápis de cor, giz de colorir, pincéis e canetinhas, entre outros materiais, para rabiscar desenhos e traços, trabalhando sua coordenação motora.
Esse mesmo tipo de atividade pode continuar quando o foco já é a escrita propriamente dita. Quanto maior a prática, melhor é o domínio dos movimentos finos, que são aqueles necessários para segurar um lápis ou caneta com destreza e executar o traçado das letras com precisão.
Como tornar o processo de aprender a escrever mais divertido?
Incluir atividades lúdicas no cotidiano das crianças torna o processo de aprendizagem mais leve e divertido, tirando aquela impressão de que elas estão sendo obrigadas a se esforçar. Para isso, vale a pena usar vários tipos de caneta e lápis coloridos, que chamam a atenção dos pequenos e deixam tudo parecendo apenas mais uma brincadeira.
Uma ideia interessante é ensinar técnicas de lettering para crianças, tornando as letras mais atraentes e fáceis de assimilar. No lettering, são usados traços diferentes e cores variadas para combinar letras e desenhos a fim de transmitir uma ideia. Embora inicialmente isso não seja uma atividade infantil, as técnicas podem ser adaptadas e favorecer bastante o desenvolvimento da criança.
Você pode, por exemplo, estimular as crianças a escrever as letras e desenhar objetos que começam com elas. Assim, a letra “B” poderia vir acompanhada da figura de uma bola ou de uma bolacha, enquanto a letra “O” viria com o desenho de um olho ou um ovo.
Pedir que os pequenos utilizem giz de colorir para cobrir ou preencher as letras é outra atividade que trabalha a coordenação motora e os familiariza cada vez mais com a escrita. É a mesma tarefa que poderia ser feita com o lápis comum, mas ela fica mais divertida quando as crianças têm a chance de escolher entre várias cores.
Todas essas considerações evidenciam como a arte faz diferença na hora de aprender a escrever. Assim, é muito importante fazer uso desse recurso tão estimulante e transformador nas atividades com as crianças. Com a ajuda dos materiais para arte adequados, esse processo pode ser muito mais simples e divertido para todos os envolvidos.
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As informações contidas neste material se fundamentam em estudos psicológicos da criança e servem de base para ajudar com o desenvolvimento e com a educação delas. Os resultados de tais métodos podem variar de acordo com cada criança, pois seu desenvolvimento dependerá de aspectos individuais e sociais de cada.
